No Brasil, a dor lombar é uma condição que atinge cerca de 13% da população e é o segundo problema de saúde mais recorrente no país, ficando atrás apenas de hipertensão arterial entre as queixas de saúde.

Você está sentindo dor ou desconforto na região das costas? Saiba o que pode ser e como tratar. Boa leitura!

O que é dor lombar?

A dor lombar, também conhecida como lombalgia, é um problema que ocorre na parte inferior da coluna vertebral e é mais comum conforme o envelhecimento, afetando mais de 50% das pessoas com mais de 60 anos. 

A condição está está entre as dores mais comuns entre homens e mulheres e entre as dores mais dispendiosas em termos de pagamentos de planos de saúde, afastamento do trabalho e invalidez.

Geralmente, causada por uma lesão em um músculo, a dor lombar é uma das principais queixas nas consultas médicas em gerais e chega a acometer entre 65% a 84% da população mundial.

A coluna vertebral é uma parte da estrutura corporal, delicada, complexa e organizada. Qualquer desordem que possa atingir essa região pode acabar resultando em dores na área.

As dores lombares são classificadas como agudas ou crônicas, o que as difere é o seu tempo de duração. A dor aguda surge de repente e quando tratada, faz desaparecer os sintomas iniciais. Quando a dor dura mais de seis meses, torna-se crônica.

Quais são os sintomas?

A maioria dos indivíduos que sofrem com episódios de dor lombar se recuperam rapidamente, porém, a recorrência é comum e em alguns casos a dor se torna persistente e incapacitante.

Dependendo do tipo da dor, ou seja, aguda ou crônica, os seus sintomas podem variar. Entretanto, existem alguns sintomas característicos nos dois casos, como:

• Dor na região lombar que se inicia subitamente;
• Dor que irradia das costas para os glúteos e/ou coxas, até os joelhos (ciatalgia);
• Sensação de queimação ou “choque” na região lombar;
• Dor que se intensifica com movimentos, como sentar, levantar ou se inclinar;
• Dificuldade de ficar de pé;
• Quando a dor é aliviada com repouso e calor;
• Há antecedentes de lesão mecânica ou história de trauma;
• Há antecedentes de fatores psicológicos e laborais estressantes.

Nos casos em que a dor lombar persiste mais que 12 semanas, já pode ser caracterizada como lombalgia crônica.

O que pode ser a dor lombar?

Existem uma série de fatores que podem desencadear a dor lombar. Felizmente, é raro que as dores estejam associadas a doenças graves na coluna.

Geralmente, o problema está associado a degeneração natural das articulações, discos e ossos da coluna que ocorrem com a idade. Há casos também em que o motivo das dores pode ser inflamações/infecções como hérnias de disco, artrose, fibromialgia, pedra nos rins, entre outros.

Entre os fatores que podem estar associados com as dores na região lombar, estão:

• Má postura: postura inadequada no trabalho, principalmente pessoas que trabalham em escritório, no sofá de casa, ao usar o celular ou computador e ao dormir.
• Sedentarismo: o baixo condicionamento físico pode deixar mais suscetível ao problema. As atividades físicas fortalecem os músculos de sustentação da coluna vertebral e melhoram a resistência a impactos ou sobrecarga que a coluna sofre normalmente, prevenindo contusões.
• Obesidade: o sobrepeso pode sobrecarregar a coluna cervical, principalmente na região lombar, resultando em comorbidades que podem resultar em dores e desconforto, como a hérnia de disco.
• Lesões esportivas: traumas, principalmente por esportes de contato, podem lesionar os músculos, ligamentos e tendões, resultando na dor lombar.

Além disso, as dores lombar podem surgir a partir de doenças reumatológicas, levantamento de peso de maneira inadequada e até mesmo em função de fatores emocionais.

Independentemente da duração da dor ou da sua intensidade, o ideal é procurar um especialista para avaliar os sintomas e a gravidade do problema. Assim, é possível iniciar o tratamento mais adequado conforme as suas necessidades.

Tratamento da dor lombar

O tratamento consiste no alívio das dores e na melhora da habilidade funcional do indivíduo. O objetivo também é prevenir a recorrência e cronicidade dos desconfortos na região.

O ortopedista trabalha com uma variedade de intervenções terapêuticas que podem ser associadas com outras especialidades, como fisioterapia, massagens e outros tratamentos  alternativos como RPG e Pilates para aliviar as dores e ajudar na prevenção da condição.

Não espere as dores afetarem a sua qualidade de vida. Cuide de você e viva melhor.

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